E assim começa

Eu sempre achei supimpa esse negócio de escrever na internet, ter um blog. Apesar de um pouco narcisista, convenhamos, é pra isso que a internet e todos esses sitezinhos de relacionamentozinhos servem...
Porém, sempre pensei: "poxa, quem sou eu pra escrever assim, expor minha escrita, meus erros de português e pensamentos que não levam ninguém além da porta do meu quarto?". Mas tá, tem gente q escreve sestafeira, mindingo, nois vai e nois vorta. Então por que não eu? Afinal de contas, isso eu sei fazer, e sem pestanejar.

Aí, segundo passo depois da decisão tomada: que nome dar ao dito-cujo? Pensei que queria algo que tivesse a ver comigo. Talvez um jogo de palavras, um trocadalho do carilho, ou uma coisa bem boba mesmo, só pra mostrar pros meus amigos-cultzinhos-escritores-de-blogs que pessoas menos intelectualóides também podem ter um desses.
Achei que devia ter meu nome junto. Mas nada fica bonito com o prefixo ou sufixo "Cláudia". Fala sério... Cláudia... nome de pedagoga mal comida (com todo respeito às Cláudias e às Pedagogas mal-comidas). Daí resolvi que a palavra tinha que ter meu apelido: Kau!
Já foi um grande progresso. Mas aí, o que por pra completar o "Kau"? Fui, claro, ao dicionário. Mas não ao online. Ao velho Aurélio, aquele preto gigantesco que mal cabe nos armários de hoje em dia e só serve pra minha mãe lembrar como eram mais difíceis as coisas na época dela.
Esse negócio é sinistro, no sentido mais assustador da coisa! 90% das palavras que tinham ali eu não tinha nem sequer ouvido algum dia.

Comecei pelas palavras com C-A-U: Cauaba, Cauchorana, Caudículo, Caúna, Caurinar...
depois, as palavras com C-A-L: Calamar, Calamídeo, Calamorca, Calcadoiro, Calcâneo ...
Porra, que coisa mais difícil! Tem que ser algo, além de tudo, que possa reconhecer-me, pra mim e pros outros! Algo que combine! Algo bastante íntimo! Algo que tenha a ver com a balela que escrevo!... me veio à cabeça... como não pensei nisso antes??? Claro! Kaucinhas....