Manual da conquista.

Como já havia dito em posts anteriores, não gosto muito de postar aqui coisas que não foram escritas por mim, mas, algumas realmente merecem. É o caso desse genial "manual da conquista" escrito pela minha querida prima, uma exímia profissional da arte da conquista.
Ela o escreveu há alguns anos para uma amiga que não vinha tendo muito sucesso em seus relacionamentos (ou pelo menos nas tentativas de ter um). Espero que seja útil também a vcs. Abraços.

Manual da Conquista
(Escrito por uma conquistadora não muito boa, para uma pior ainda!)

Querida F.,

Acho que sei como te ajudar.
A conquista: ato de conquistar; O conquistador: aquele que conquista, vence, alcança, ganha amor.
Primeiro de tudo: Ele, o alvo, não deve ser visto como um objeto de desejo que você quer possuir, um troféu ou coisa parecida. Tente olhar por outro ângulo. Ele, na verdade, é um indivíduo transeunte que te quer. Como agir? Normalmente! Ele é quem está afim e você não tem nada a ver com isso. Seja forte, por maior que seja o sentimento, o segredo da conquista está na autoconfiança e no autocontrole. Agir normalmente não é ignorá-lo e muito menos ser grossa.
Uma boa conquistadora é o que ela gostaria de ser (pelo menos diante dele), sozinha em seu quarto ela pode voltar a ser descabelada, comilona e estressada.
Um bom perfume, um cabelo natural (fios soltos, levemente bagunçados), movimentos seguros e sorrisos constantes são itens indispensáveis para compor o visual da conquistadora. Na noite é diferente, ela capricha. Um salto bem alto, uma calça justa, uns passos de dança e um bom-humor inigualável. Nada de chamar atenção com saias justíssimas e cabelos coloridos. Não precisa ser espalhafatosa, suas armas são outras (e muito mais poderosas, diga-se de passagem).
Ao conversar com alguém, afinal de contas você é muito sociável, dê atenção de verdade a essa pessoa, escute-a (todo mundo gosta), independente da cor, credo, aparência ou cêcê (mais uma vez, seja forte!).
Na balada: Cumprimente o alvo. Se é seu amigo, conhecido de tempos e a relação é boa, melhor ainda! Neste caso usa-se a primeira arma de fogo (muitas vezes mais impactante que o beijo na boca): segure-o no rosto e beije a bochecha. Não falo de bochechada. Dê lhe um beijo estalado, saia rindo e cumprimentando alegremente o resto da galera. Você foi simpática, nada ousada e ainda deu um tratamento diferenciado ao cara!
As próximas aproximações terão de vir dele. Olhares são liberados, porém, se ele te vir, dê um sorriso tímido e continue dançando.
Acredite, garanta sua diversão na festa, curta com os amigos sem se preocupar com ele. Só assim ele morde a isca.
E quando ele aproximar, nada de derreter, converse, dê motivos para ele te admirar. Aposte com ele se o bêbado ao lado vai cair e quem perder paga a conta do bar. Esse tipo de brincadeira dá abertura para eles se aproximarem de novo (Sim, eles gostam de brincadeiras idiotas, apostas e birita).
E se ele chegar? Fique com ele, mas nada de grudar, espere pelos sinais. Vocês se beijaram, mas continuam com a galera. Parece bruto, mas ele é só parte da sua curtição na noite. Você já tem passe livre para dar beijos repentinos e puxadas pela mão até o bar. Mas só o faça se estiver se sentindo confiante. Dê a ele todo espaço e liberdade para fazer o que quiser na balada, mas é claro, se extrapolar não significa que você tem que beija-lo de novo. Fique na sua e se ele tentar alguma coisa, tenha um ótimo motivo pra explicar o porquê da sua esquivada.
Se tudo der certo a despedida será decisiva. Nessa altura, o fato de você ter estado feliz a noite inteira com ou sem ele por perto despertou dúvidas na cabeça masculina. Um: “Ei! (beija), obrigada (beija) pela (beija) noite!”, é uma ótima puxada de saco de despedida.
Etapa finalizada. Nada de pegar no pé. Continue agindo normalmente, mas não como se nada tivesse acontecido. O que muda? Uma maior intimidade, abraços demorados e apertados, conversas freqüentes e só.
Você vai conquistá-lo com a seguinte fórmula: liberdade total, maior naturalidade possível no convívio e quando ele entrar no assunto: “nós dois”, deixe escapar frases intrigantes como: “Você vai me dar um prejuízo...”; “Essa sua cara de ursinho é só fachada...”. “Me dá um abraço? Mas me solta antes das 2:00 que eu tenho aula!”
Lembre-se, a conquistadora é o que ela quer ser. Ela é bonita de chinelo, fica inteligente quando põe os óculos e é divertida quando acorda.
Conquiste tudo à sua volta, conquiste novos amigos, conquiste boas notas, conquiste cachorros, pássaros, mosquitos e plantas. Conquiste um sorriso do padeiro, uma gargalhada do porteiro, conquiste uma linda personalidade.
Surpreenda seu amor com bilhetinhos, no meio do trabalho, do tipo: “Me dá sua barriga pra eu usar de travesseiro?”; e com visitas delivery de Mcdonalds.
A cada sorriso recebido, um gol no jogo da conquista.

P.S: Fiquei encarregada de comprovar a eficácia com o sexo feminino. Será que funciona? >)