sexta-feira, 8 de maio de 2015

Das delícias e mazelas de ser um tourinho...





Acho que meu signo tem realmente muito a ver com a sua imagem. A imagem do animal, um touro. O que você pode concluir quando vê aquele bicho enorme e com cara de mau? Ele impõe respeito, não é mesmo? Mete medo. Mas é pura aparência.
É um bicho pesado, leeeento, que demoooora a se movimentaaaar...zzZZzzz... só que quando se movimenta tem um alvo certo. É pratico, certeiro, feroz, e muitas vezes até cego. É, é bem isso. Ele pode demorar tempos lá riscando a pata no chão até ir ao seu alvo. Mas quando vai, vai com uma força sobre-humana. E vai certo. E vai fundo. E vai com força. E da tudo de si por aquele alvo. E se acerta, meu amigo, se pega em cheio no alvo...hmmmm. Já era. Sem chance de não conseguir o que quer.

O problema é a teimosia, a falta de maleabilidade que muitas vezes nos acomete. Nessa grande analise que o touro faz, cheia de observações (que também é uma grande característica sua) entre escolher o alvo, mirar bem mirado, concentrar-se no que quer e ir com força, as vezes o alvo já se mexeu. E ele não percebe. Não vê mesmo. Tá tão concentrado no ideal que mete os chifres naquilo que já nem está lá e se estrepa. Por isso mesmo o animalzinho é alvo fácil daqueles malditos homens da capa vermelha. Aliás, essa capa é o terror do taurino. Porque, como bom touro, não aguenta ser provocado. Sabe da força que tem. Sabe que quando vai é imbatível. Então, não provoca se não quiser ver uma demonstração imponente de força, coragem e poder.

E a persistência, irmã da teimosia, é também algo escrotamente característico. Se acredita naquilo, é aquilo e fim. Vai sangrar por aquele ideal até que a vida prove por A mais B que está errado. Precisa aprender, tourinho, que nada é tão exato assim. Que a sua lógica nem sempre faz sentido e é absoluta. Que a sua firmeza de terra, vez ou outra, precisa ser abatida pra que se enxergue ao redor.

Teimoso, forte, bravo, corajoso, firme, certo, imponente. Mas primitivo. Nem sempre a força e a insistência são os únicos caminhos. As vezes parar de dar cabeçada é a evolução. E esse é o desafio, fato.

Um signo lindo. Estável, confiável e correto. Mas que necessita ser lapidado, talvez por uma brisa de ar, por uma umidade de água e até mesmo por uma quentura de fogo. Qualquer elemento que consiga ensinar à tanta firmeza que desmontar as suas certezas e desmilinguir-se do seu equilíbrio inabalável, muitas vezes, é a quebra das correntes.

Cai por terra, touro, com as suas certezas absolutas. Cai por terra com a sua estabilidade. Se permite uma insanidade de água, uma liberdade de ar. Se lapida e se molda pra que tanta força acompanhe a capacidade de adaptação, tão rara a você. O desafio taurino, que, se superado, conquista o mundo.


sábado, 7 de março de 2015

“Não me toque”, minha mais sincera declaração de amor



Sim, eu sou a típica garota não-me-toque. Literalmente. Mas não, não é “metidez”, como já ouvi muito, e nem é coisa de “gente de Brasília”, como já ouvi também. É jeito, criação, personalidade, sei lá. Eu não gosto que me toquem. É sério, se eu não te dei um óbvio convite e uma prévia autorização, não o faça, por favor! 

Esse meu jeitinho já me rendeu muito apelido de “marrenta”, mas nem sou.

Lá em casa nunca teve essa coisa de ficar se amando muito. Explico. Somos uma família tradicional mineira que se ama MUITO! Somos bastante unidos, todo mundo se dá super bem e todos sabem que podem contar com qualquer um a hora que precisar. E isso é simplesmente óbvio pra todos nós. Tão óbvio que a gente não sente essa necessidade de ficar se beijando, se abraçando ou ficar falando “eu te amo”. A gente já sabe disso.

Minha mãe sempre foi muito carinhosa. Mas tinha crises quando meu pai ensinava a gente a dormir recebendo carinho nas costas, por exemplo. “Não aguento essa pegação”, reclamava ela. Era carinhosa da forma dela, na hora dela e era o melhor carinho do mundo!

Claro, isso tudo me gerou alguns problemas durante a vida. Quando eu estava na quarta série uma professora de matemática resolveu que ia passar a mão no meu rosto por alguns minutos enquanto a turma estava fazendo exercícios. Eu estava sentada na primeira carteira. Fiquei branca. Minha pressão baixou, a vista escureceu e eu quase desmaiei. SIM, UMA ESTRANHA ME TOCANDO COM INTIMIDADE, SOCORRO!

Alguns anos depois, já pós-adolescente, com 18 anos, inventei de fazer teatro (coisa, aliás, que admiro muito, SÓ QUE: HÁ UM NÍVEL ENORME DE INTERAÇÃO COM PESSOAS ESTRANHAS, SOCORRO!). Eis que, em um dos aquecimentos, o grupo tinha de fazer uma roda e massagear uns aos outros. Sim, eu sempre passava mal. Tinha que pedir pra parar, pra sair e ficava no cantinho da sala me “auto-massageando” que nem uma idiota. A professora, então, sugeriu que eu pedisse a alguém com quem eu tivesse intimidade para fazer o mesmo e observar o que eu sentia. Fui pedir pra minha namorada da época. Obviamente a reação foi muito, muito boa.

Percebi, então, que não era exatamente um problema com o toque em si. O problema era com a falta de intimidade e consentimento.

Eu não sou uma pessoa pouco carinhosa, é sério. Quando namoro, quando fico com alguém, sou toda carinhos. Mas aquela pessoa está consentida, entende? Ela pode! Eu deixei! Eu quis! Eu desejei que ela me tocasse! E essa é a total diferença entre o prazer e o pavor de ser tocada.

Na balada, então, vocês podem imaginar o meu pânico dessas pessoas que precisam pegar na sua cintura pra passar por você... Pede licença, mas não encosta, por favor! Quer chegar em mim? Bacana, conversa comigo! Não vem me pegando. Ponto a menos pra você! Vamos com calma!

Aos meus amigos, então, venho pedir minhas sinceras desculpas. Alguns entendem, outros sabem desse “problema”, outros me acham seca. Mas gente, eu amo muito vocês, ta? Mesmo que seja muito difícil pra eu ficar falando isso. Eu não fico abraçando ninguém, eu não beijo ninguém, eu não faço carinho (às vezes dou uns cascudos e é carinho, juro!), MAS EU AMO VOCÊS! Hahahahahah! E eu sei que vocês sabem disso, não preciso ficar falando, né? Ufa!


Pela compreensão, obrigada! 

sábado, 18 de outubro de 2014

Sobre o "MUNDO GAY", heterossexuais e a minha visão que ninguém perguntou...

Para ler escutando:



Dia desses estava assistindo a um canal no Youtube chamado "Pergunte às Bee". Os vídeos deles, muito cômicos por sinal, resumem-se a um viado e uma sapatão comentando dúvidas e corriqueirices do tal "mundo gay". Adorei, até me deparar com um que pegou no meu calo.

Esse tal vídeo discutia a temática: pessoas homossexuais que pegam/ficam afim/se apaixonam/se envolvem/se encantam por pessoas heterossexuais. Em suma, o vídeo dizia o que sempre escuto por aí... basicamente: "meu deus, que cilada! Que vacilo! Que horror! Que medo! Sai dessa agora e vai procurar alguém que goste da mesma fruta que vc!".

Semanas antes tive uma mine crise (sempre muito bem amparada pela minha amiga-cara-metade, Curu), sobre o pq cargas d'agua eu tenho essa mania chata e muito trabalhosa de sempre olhar pra minas HTs. Para né? Toda gay sabe que a pior cilada que vc pode se meter na vida é querer uma hétero, pq, bom, nem precisa explicar, né? Mas já explicando... A MINA GOSTA DE PIROCA, PORRA. E enfim, esse é um fato incontestável, não há o que se fazer a respeito, senta e chora.

A dica das bees do vídeo é válida, real e completamente coerente, sem dúvida. Maaaaaas, óbvio, as coisas não funcionam bem assim, né gente? Ser humano não é robozinho. Onde é que tava escrito naquele contrato que vc assina quando sai do armário que "você, ó lésbica, só olharás e se encantarás por outras lésbicas"? Eu não li isso em lugar nenhum... vc leu? Não tava nas letrinhas miúdos, juro!

Sendo eu, então, essa pessoa de dedo podre e deveras muito azarada nas escolhas de paquera da noite, pensei cá com meus botões: O problema ta comigo, óbvio! Eu preciso frequentar mais 'O MUNDO GAY'. Ir pra mais baladas gays, andar com mais pessoas gays, fazer mais programas gays e parar com essa constante na minha vida que é ficar (sim, ficar, pq além de olhar apenas, eu acabo beijando essas minas) com garotas HTs.

Depois de ouvir alguns conselhos das bichas (e dos héteros também), assumi que o problema era mesmo esse e, decidida, liguei pra minha bicha amiga: "Amor, se arruma que hoje a gente vai pra balada GAY! UHUUUL!". Capivara (apelido carinhoso), prontamente entendeu o meu recado e saímos pra baladis dar uma olhado no mercado de "pessoas que você pode pegar pq gostam da mesma coisa que vc".

Eis que, claro, as coisas nessa vida não são mesmo fáceis, não é Giovana? Em uma baladinha fervente, cheia de sapatões e bibas, eu consigo dar em cima do que talvez fosse a ÚNICA menina HETEROSSEXUAL DA FESTA! SIM, PASMEM VOCÊS! Fui lá dar em cima de uma menina que nunca sequer tinha experimentado beijar outra mulher na vida (até aquela noite, diga-se de passagem). Não saí da tal festinha gay no zero a zero, mas saí bastante frustrada com o que parecia ser o meu karma. 

Decidi persistir na coisa e retomar as amizades do "mundo gay" pra ver se a crise passava. Fui então dar uma saidinha com umas conhecidas do babado. Saímos pra lanchar e, papo vai, papo vem, pensei: Nossa! Era disso que eu tava com saudade! Sentar numa mesa com sapatões e conversar sobre temas em comum! Falar de mulher, das paixonites, das pegações, das gatinhas, das desilusões, enfim, sobre tudo que se fala também no “mundo hétero", só que sem precisar ouvir de ninguém o famoso "como é que vocês transam?".

Depois de alguns minutos, eu já me sentindo confortável com o papo e os relatos em comum, achando que teria, enfim, achado a solução para os meus problemas, começo a perceber que algo não cheirava bem no reino da sapataiada.

Aquelas garotas, todas lésbicas como eu, começaram a soltar frases de gosto meio duvidoso. Opiniões bastante machistas e regadas a conservadorismo. A essa altura do campeonato eu começava a me perguntar: "Deux, quando foi que essas racha ficaram tão preconceituosas?!?!" 

"Pq fulaninha é uma piraaanha! Vc viu o jeito que ela se veste? Vagabunda!"
"AFFF, essas meninas que ficam com meninas por pura modinha! É um absurdo! Se você não gosta de mina vai ficar com mina pra que? Isso é só pra se mostrar pra macho! Se auto afirmar".

Meu olho foi arregalando, a boca foi abrindo e eu fui caindo na real. A ilusão do "mundo gay" batera a minha porta e o que eu já sabia há muito tempo se reafirmava: a sexualidade das pessoas é apenas um mero, meríssimo detalhe que as acompanha na vida. Infelizmente, a pessoa ser gay não quer dizer que ela não seja machista, não seja preconceituosa e até mesmo homofóbica. Não quer dizer que ela não seja chata, não quer dizer nada! Apenas que ela pega gente do mesmo sexo. PONTO. Voltei pra casa me sentindo boba e ingênua.

Nunca fui muito fã de boate. Não gosto dessas músicas bate-estaca que tocam na maioria delas. Não curto gente cheia de preconceitos e pudores. Prefiro música nacional e com letra. Gosto de dançar. Prefiro samba e forró. Sou da macumba. Gosto de minas femininas (saias e vestidos são sempre muito bem-vindos aos meus olhos). Voto em partidos que achem importante defender os direitos humanos. Não tomo bebidas quentes. Prefiro cigarros mentolados, gente alegre e receptiva. Esse é o meu mundo. Essa porra de “MUNDO GAY” não existe. O mundo é meu e eu vou atrás de pessoas que comunguem das mesmas ideias e inspirações.

Volto pro samba, mesmo tendo que me desviar de cantadas e puxões pelo braço dos carinhas pelas festas. A mina que me encanta me encanta pela ideia, pela cabeça, pelo jeito, pela dança, não pela orientação sexual. Meu coraçãozinho não é preconceituoso. Gosto de mulher, gosto de gente, de cheiro, de olhar e sorriso. Pega o seu mundo limitado e faça bom proveito.

No meu tem cores variadas, belas danças e muita moça bonita.

Passou a crise.
=)



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

O que aprendi com o Tinder...

Bom, esse texto já estava prometido aos amigos havia um bom tempo... então, cumprindo, aqui está... O QUE APRENDI COM O TINDER!



Certo, como vocês podem ver no hyperlink inserido acima (na palavra "Tinder"), o Tinder é um aplicativo de celular ou tablet, cuja função é fazer combinações românticas de pessoas que curtam o perfil uma da outra e estejam "geograficamente perto"... ok...a real é que o Tinder nada mais é que um cardápio de carne humana que você vai passando as pessoas e escolhendo com o seu dedinho: "Essa eu comeria, essa eu não comeria... ok, essa eu talvez comeria... não essa de jeito nenhum". Essa é a verdade dos fatos. hahahahaha! Não, mentira! Não posso dizer isso... hahahah!

Em alguns países o Tinder foi tido como um aplicativo exclusivo para encontros sexuais, assim, diretamente pra isso. Você está num bar e bateu aquela vontade de tirar o atraso, daí vc pega o aplicativo, vê quem está próximo a você, curte a pessoa e se rolar uma combinação, vcs se encontram e vão pro motel, fim! MAAAAS, obvio que com a falta de segurança  o calor humano brasileiro, as coisas não funcionariam assim por aqui. Na verdade, o que tenho observado muito entre amigos é que o aplicativo está servindo, cada vez mais, não pra você conhecer gente nova, mas pra você curtir aquela pessoa que você conhece e já tem uma quedinha e ver se rola uma reciprocidade! Mas sim, rola muito de conhecer gente nova também.

Bom, dada essa primeira introdução, gostaria de dizer que eu, como uma boa jornalista (cof cof), observando o sucesso do aplicativo (cof cof cof), baixei-o com a única e exclusiva finalidade de analise de caso (cof cof cof cof cof ). Sim, para observar de perto como isso tudo funciona, afinal, eu não preciso desse tipo de coisa pra pegar alguém (cof cof cof cof cof cof cof! AIII, essa gripe tá foda!).

Então, explicando melhor, ele se conecta com a sua conta do Facebook e deixa disponível algumas informações para quem te vê, como algumas fotos (à sua escolha), sua idade (que tem uma galera que dá uma enganadinha que eu sei, já caí nessa!), seus interesses e amigos em comum com a determinada pessoa que está olhando o seu perfil, e você pode escrever algo sobre si também! Então, você olha essas informações que apareceram sobre a pessoa e, se gostar dá um "like", se a tal pessoa tiver dado um "like" em você também, abre um bate-papo ao lado, do contrário, ela jamais ficará sabendo que você quer pegar curtiu ela. O que é bem bacana pq dá pra curtir aquela ex-namorada da sua amiga e ver se ela te curtiria, se ela não curtir, nenhuma das duas jamais saberá que você curtiu (fica a dica)!

Indiretas à parte, vamos observar que algumas fotos e informações de amigos e interesses em comum são realmente MUITA pouca coisa pra você saber se vai curtir a pessoa de verdade ou não, logo, você curte mesmo é se achar gatinha e vai conversar com a criatura.

Gente, a minha dica é: CONVERSAAAA, MAS CONVERSA MUITOOO!!! De verdade, certifique-se de que não se trata de um@ maluc@ antes de encontrá-l@, porque olha, ô lugar pra encontrar gente louca, viu! Cada história que nem te conto! Então, fica aí umas semaninhas conhecendo a pessoa. Mas ah, se o papo rolar, pede o whatsapp, tá? Pq é um péssimo aplicativo para bate-papos. É lento, constantemente o aplicativo "esquece" de avisar que chegou uma mensagem nova e não tem aquele sinalzinho de visualizado que a gente fala mal mas tanto ama no whats e no Facebook, néan?!

A primeira coisa que eu observei entre os usuários do Tinder é que, pouquíssimo tempo antes de baixá-lo, rola esse papinho de "Aff, eu não preciso disso pra pegar alguém". Sim gente, francamente, ninguém precisa de um aplicativo pra conhecer e pegar gente, é só sair na rua. E outra, se você não consegue pegar ninguém nem em uma balada, vai conseguir menos ainda no Tinder, tá? Desiste! Pq lá tem que rolar todo um papinho de sedução que dá uma preguiça dá um certo trabalhinho no começo. As pessoas baixam o Tinder pq é divertido e não pq precisam disso. Não é um site de relacionamentos estilo anos 90, serião, baixe e verás!

Bom, daí você teve uma combinação lá com uma pessoa que você não conhece. Bateu um papo, teve quase certeza que não se trata de um@ maníac@ e resolveu conhece-l@. Cara, essa dica é séria, principalmente pras amigas hérteras que vão se encontrar com os carinhas: O MESMÍSSIMO cuidado que a gente já sabe desde os anos 90 sobre conhecer pessoas na internet, tá? Marca em lugar seguro, avisa alguns amigos que ta indo pra esse encontro e AONDE vai ser. Se tiver amigo em comum, melhor ainda, da uma conferida com o brother se a pessoa não é chata, feia, mentirosa ou caloteira (e vai te deixar com a conta pra pagar sozinha). Tenta (mas tenta mesmo) não levar a pessoa pra sua casa no primeiro encontro e etc e tal... AH, também vale a pena deixar uma amiga na espreita. Caso o papo esteja muito chato, ela te liga, e você finge que rolou um imprevisto, pq né?! Ninguém é obrigada a ficar lá aturando papo chato!

Mas, melhor que tudo isso mesmo, e essa é a minha principal dica: procure curtir pessoas às quais você poderia ter conhecido/encontrado SEM o Tinder. Sério, é a melhor maneira de dar certo. Nada melhor do que você tá lá dando uma flertadinha com a pessoa e encontrá-la sem querer em algum lugar simplesmente pq vocês frequentam mesmo os mesmos lugares! Olha que maravilha! Não rolou a tensão de sair única e exclusivamente pra conhecer alguém, você tava lá pra se divertir com os seus amigos e a pessoa também, então não rola aquela pressão pra ficar, e, convenhamos, nada mais gostoso do que essas adoráveis surpresinhas do destino, né não?

Ah, outra coisa curiosa. Sempre, SEMPRE rola de mostrar as minas que você ta conversando/saindo/pegando/trepando pras coleguinhas, né? Pra não correr aquele risco CHATÍSSIMO de, por acaso, vocês terem curtido a mesma mina! hahahahaha! Rola sempre! Não ache que o seu perfil nunca rodou em uma rodinha de amigos do tipo: "Olha a mina q eu to conversando agora, que gata!" "Nossa, ela apareceu pra mim, mas eu nem curti!" "Nossa, ela apareceu pra mim mas ela não me curtiu de volta =(". Hahahaha! Rola....

Enfim, é isso! Se joga! É mesmo um aplicativo muito divertido (que as vezes vc se irrita e desinstala, mas aí vc não aguenta e instala de novo), que vai te dar a oportunidade de conhecer gente nova, mesmo que seja só pra conversar mesmo, e vai te deixar saber se aquel@ gatinh@ também ta de olho em você. Baixa aí, vai! Você pode se surpreender! (Depois dessa acho que os criadores deveriam me dar uma comissão! Só acho!)

Beijo me tinda!
;)


Quase esqueci de colocar a música tema do Tinder aqui:


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

O que eu aprendi namorando uma atriz...



Pois é, é um mundo meio louco esse. Tão louco que vale uma reflexão pessoal. Achei válido. E você que também namora ou namorou, me diga se se identifica. Vamos lá. Como diria o Blog do Morri: Dá o Play e vem!



Primeiro, é muito bonito e encantador esse mundo da arte. Ela pode ser quem ela quiser. Pra você, pros outros ou pra ela mesma. Em cima do palco ou não. Perigoso e excitante ao mesmo tempo. O que também te dá um ponto bacana: sabe aquela fantasia sexual? Pede pra ela! Se ela não topar, dá pra tentar chantagear com um “Ué, você não é atriz? Se vira!”. Acho difícil ela não topar... hahahaha! É bacana poder brincar com isso do “quem você quer ser agora?”. Vale experimentar, fica a dica.

Mas esse é um ponto positivo. Vamos ao negativo. Olha, esqueça os finais de semana. Você não é a prioridade. Pode até ser, mas só se ela não tiver ensaiando ou se preparando pra alguma peça/filme/figuração/qualquercoisa. Aquela festinha do sobrinho no domingo? O almoço de família? O churras com os amigos? Esquece! Acostume-se a ir sozinho... nisso e muito mais... fora aqueles que são a noite, né? Já passei até comemoração em casa esperando a porra do ensaio acabar. É uma merda! A pior parte, com certeza! Mas vamos lá, tudo pela arte...

Eu me sentia tão orgulhosa de namorar uma atriz que um dia, cheia de pompa, chamei a minha sala toda de jornalismo para ver o trailer do filme que ela fez. O que eu não sabia era que o vídeo que ela tinha me passado não era o mesmo que eu estava carregando no Youtube. Resultado: até o meu professor viu uma cena dela pelada jogando um cara na parede e o agarrando!! Imagina a minha cara! Muito constrangedor! -_- (Claaaro que ela não ia me mostrar o trailer que tinha justo essa cena, né? Hahahaha!).

Outra coisa meio chata de ver sua mulher em cena é a dificuldade que, pelo menos eu que não sou do ramo, enfrentava para separar o personagem da pessoa. Acho que dá pra imaginar o quanto fiquei mexida ao ver um cara enorme levantando o vestido da minha namorada e simulando um estupro!! Por mais que eu repetisse pra mim mesma “é mentirinha, é mentirinha, é mentirinha!”, quis muito voar em cima dele! Argh! Não deu pra não soltar uma lágrima. Que ótimo! Sinal que a interpretação tava boa mesmo!

Se acostume com o desapego ao corpo dela. Quando tá no palco o corpo não é dela, muito menos seu, é da arte e ponto. Conforme-se com ela pagando calcinha ou pondo o peitinho pra jogo, se não coisa pior... Fazer o que? O fofo é que, mesmo sabendo que não importava muito o que eu ia falar, pois ia fazer mesmo assim, ela vinha conversar comigo e me relatar passo a passo como seria feita a tal cena de nudez. O que me restava? “Claro amor, eu sei que é seu trabalho, relaxa!”... dentro da minha cabeça rolava um “Puta que pariiiiu! De novo?!?!” (taurina ciumenta).

Outra coisa, ela provavelmente vai conhecer MUITA gente. É uma profissão que chama atenção... deixa a pessoa pop. Acostume-se a ir ao Cena Contemporânea (pra quem não sabe, é um festival maravilhoso que rola anualmente aqui em Brasília) com ela e se sentir sozinho... pq ela vai conhecer todo mundo! Parar pra falar com todo mundo! “Leeembra aquela peça que a gente feeez???”. Impossível andar. A cada passo um amigo, diretor, colega de profissão... desapega! E, se você sente ciúmes como eu, vai ter uma raivinha de leve daquele/a colega que fez a cena de beijo/sexo e daquele diretor que deu em ciam dela. Fato!

Lado positivo: muita cultura! Você vai ver mais peças do que estava acostumado e assistir mais filmes que jamais veria! As vezes é chato, as vezes é maravilhoso! Aquela peça bem chatinha que a amiga ta fazendo? Vai ter que ver também... Aquele dia que você ta morrendo de cansaço e só quer ficar em casa vendo um filminho e namorando? Vai ter que sair! Afinal, ela é pop, lembra?? 

Isso eu até que não enfrentei tanto, mas é fato... rolam uns fãs também... sorria e acene! =)

Pelo menos você vai conhecer muita gente bacana desse meio. Essa parte eu gostava muito. Eu, pelo menos, tentava me inserir nesse mundo mágico. Fiz figuração (de vestido de festa e salto alto na terra, num calor infernal, com muitos pernilongos) e até me atrevi a tentar cantar em uma peça (foi comovente ver o tanto que ela tentava me ensinar. Hahaha!). É mesmo muito encantador.

Porééém, depois de tanto sofrimento e briga por causa da ausência (sim, por mais que você seja uma pessoa muito compreensiva, vai se incomodar), nada vai te dar mais orgulho, tesão, admiração, amor, paixão, lagrimas nos olhos, emoção e excitação do que vê-la atuando. Seja protagonizando uma louca em um estupro (sim, isso me marcou mesmo), ou fazendo um Saci Pererê, envolto em um pano preto que só dá pra ver os seus olhos, em uma peça infantil. Você vai adorar! E vai ter vontade de falar pro desconhecido ao lado: “Aquele Saci Pererê ali é minha namorada!!” *-*

Ah, quase me esqueci! Você também é jornalista, né? E das boas, eu sei (minha editora chefe particular). Mas isso pouco importa. Você é atriz, de nascença, de alma, de coração! E COMO acho lindo esse dom espiritual! Ainda quero te ver muito no palco, macaquinha! Estou torcendo demais e acompanhando de longe! O amor se transforma, mas nunca morre, e essa é a minha forma de dizer isso!


Esse texto tem uma dedicatória especial. Descaradamente! Alguém pode mostrar isso pra ela? Obrigada! 



Não podia faltar essa do Guilherme Arantes bem breguinha tb, né? 





segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Olhares de fundo


É engraçado olhar a vida dos bastidores.
Lá do fundão mesmo. Da maneira que só se pode olhar quando já não está.
O futuro é impossível de prever. Do presente é impossível se ver de fora. Agora, o passado... aaahhh, esse existe com uma única razão: beeelas gargalhadas!
Ta certo, o passado pode ser trágico as vezes. A tragédia cômica da vida.
Que de fato é o que é e não se livra dela. Mas o legal disso tudo é que se pode, na maioria das vezes, ter vergonha alheia de si mesmo, e se divertir muito!
Eu consigo muito bem fazer isso lendo meus textos. Alguns eu penso serem legais, e que, hoje, eu jamais os escreveria novamente, jamais teria a mesma criatividade. Alguns são um lixo declarado, e me da raiva e gargalhaço da baboseira infinita.
Como se sente bobo após passar por algo que na hora parecia essencial, importantíssimo, de vida ou morte.
Agora, olhando de fora, sou conselheira de mim mesma. Irmã mais velha. Professora e aprendiz de minha própria trajetória. Construída com o único intuito da evolução, progressão. Pessoal e espiritual. Que só chega através do irresistível flerte com a merda.
Isso mesmo, a merda. Nada traz mais crescimento na vida do que quando se depara com ela! Fedorenta, horrorosa, pé na jaca! Pronto, mais mil pontos na brincadeira da vida!
É, grande interprete Elis, "Vivendo e aprendendo a jogar, vivendo e aprendendo a jogar. Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas sempre aprendendo a jogar."
HA-HA-HA! "Vida louca vida, vida breve!"
Gente, sou normal. De novo.
Beijos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vida!

O meu amor é lindo! É vivo, é faceiro.
O meu amor é vinho. É tinto e é seco.
O meu amor é um vício. Acalanto, promíscuo.
O meu amor é triste. Agarrado e mineiro.
O meu amor é livre, pra sonhar, pra sorrir,
Mas pra amar só a mim, sem pesar, sem mentir.

Meu amor é vela, é encanto e beleza
Meu amor é pranto. Olhos verdes, olho tanto...
Meu amor é trigo, pão de queijo e café.
Meu amor é lícito, fato isso, falem o que quiser.

Não desisto, não corro, não fujo, não brigo.
Só me lanço, no abraço, no passo, no mimo.
É um laço apertado, agarrado e gostoso.
Um sussurro, um amasso, um compasso bem manhoso.

Te amo e amo e amo e amo e amo e amo......